por Cleide dos Santos Kubo
Em meados dos anos 1947 meus pais se casaram e
vieram morar na Rua Cecília Iter - Vila Progresso – Bairro de Itaquera – S.P.
Na época a rua era de terra, e haviam trilhas para diferenciar um local do
outro. Depois em lugar dessas trilhas foram surgindo ruas com nomes na Vila.
Não havia escola próxima; só um galpão de madeira na Av. Pires do Rio – hoje
Jardim Norma. No começo da escola não haviam mesas e cadeiras, e cada aluno
teve que levar um pequeno caixão (tomate) e uma cadeira pequena de sua casa, para
poderem assistir as aulas, isso foi em meados de 1955 , meu irmão foi um dos
primeiros alunos dessa escola onde hoje está um Posto de Saúde funcionando.
Meu
pai, tinha um matadouro de aves ( galinhas ) na Rua Cecília Iter. Empregava
diversos funcionários. Com o passar do tempo.. meu pai fechou o matadouro. E
como havia construído um prédio para que fosse usado como escritório e estava
desativado, conversando com alguns amigos e vizinhos resolveu alugar esse salão
do escritório... para uma Sociedade que acabara de surgir naquela época.. Foi a
“ SOCIEDADE AMIGOS DE VILA PROGRESSO E ADJACÊNCIAS “ Que foi fundada em
12/11/1960
Desta Sociedade muitos participaram:_ O Sr ALVARO SIMÕES , JOÃO DE
CASTRO, EDSON DE CASTRO, LAURENTINO XAVIER DOS SANTOS, JOSÉ BECHILIA, JOSÉ
FERREIRA, JUVENAL SIMÕES, SR ALCIDES, SR. MIGUEL, ANTONIO PERROTA, ABEL
FERREIRA E OUTROS.. Que muitos não me vêem à memória agora. Foi nesse local que
com muita conversa e combinação resolveram em criar uma sala de aula.
Lá
tínhamos a Professora Therezinha de Jesus, esposa do SR. Abel ferreira, a Prof.
Judity que era esposa do Sr. José Bechilia. E com a ajuda do Vereador
Aurelino Soares de Andrade, foi então registrada a sala de aula; que teve
início no começo dos anos 1961. Eu havia estudado no
Grupo Escolar Mario Reys - na Parada XV de Novembro. Lá cursei a 1ª, 2ª, 3ª
série primária. E quando surgiu a sala de aula na Vila Progresso então
concluíram à 4ª série das crianças que moravam na periferia e que precisavam andar
2 km até chegar ao Grupo Escolar Mario Reys.. tínhamos que atravessar a ponte
que ia para a estação de trem e em dias de chuva.. o córrego transbordava... ,
se atravessava a linha do trem na estação da CPTM – PARADA XV DE NOVEMBRO.
Local onde ocorreu muitos acidentes com inúmeras mortes, mas mesmo assim não
perdíamos aula.. E agora a escola na Vila Progresso ajudava à todos nós.
Me
formei na primeira turma das Escolas Isoladas de Vila Progresso - em 16-12-1961
Junto com os seguintes alunos: Mariana, Araci, Maria Rosa, Célia, Nair, Sidney,
Maria Inêz , Livanice , e tem mais uma menina que não me recordo o nome. Os
meninos eram: Gilberto, Jacinto, Moacir, José Severino, Edevaldo, Valter,
Altair, Lourival, e tem mais um que também não me recordo o nome O meu
certificado na época era esse...
Depois com o passar do tempo, só aquela sala
de aula era pouco, tinha muitas crianças vivendo nas redondezas, então as aulas
eram pela manhã e à tarde. Á noite a sala era direcionada aos adultos para
fazerem reuniões da Sociedade e procurarem algum modo de melhorar o local da
Vila.. que disprovia de tudo. Não tínhamos padaria, só alguns armazéns, poucos
açougues, depois fizeram uma farmácia e devagar foi melhorando tudo. As pessoas
eram unidas. E dando prosseguimento à ampliação escolar: _
O Sr. João Vieira de
Castro tinha uma área do seu terreno que não usava , então alugou à prefeitura,
de São Paulo, e assim trouxeram diversos galpões de madeira. Que foram
levantados e então começou uma escola maior, era na atual Rua Facheiro Preto. E
assim foi por alguns anos até construírem a Escola Municipal Anchieta. Que era
próximo da antiga rua ( ATALHO DA MOGIANA) HOJE : RUA CARDON. PROFESSORES
DAQUELA ÉPOCA: Mércia Leme da Silva, Arminda, Judity, Therezinha de Jesus,
Cecília, Dalva, Aurora, e outras Na vizinhança tínhamos.. as cabelereiras,
Deolinda , Cleuza, Fernanda
Na Vila Progresso não havia telefone E em casa meu
pai colocou telefone em 1956 então meus pais cediam o nosso telefone à
população , cobrando tarifa ilusória, mas que todos pudessem telefonar Hoje
temos à facilidade do celular. Os tempos mudaram... Armazéns da Vila Progresso,
era do Sr. Gerônimo, do Sr Artur, a venda do Sr. Lopes bem no final do atalho
da mogiana. depois com o passar dos tempos o Sr. Lima fez uma padaria.. na Vila
Progresso na Rua Laurentino Xavier dos Santos.
Não tínhamos água da Sabesp a
água era de poços em todas as casa e em alguns lugares a água era salobra. Quem
nos cedia água para beber era a dona Tereza (mãe do Sr. Alcides Rodrigues )
Açougues eram da Efigênia, e do Sr. Antonio Neto Depósito de material de
construção. Erick Reindl.
A primeira farmácia foi montada pelo DR. Lauto que
tinha uma farmácia na parada XV de Novembro e depois fez outra na Vila
Progresso. Não tínhamos Posto de Saúde, para nos vacinar tínhamos que ir até
São Miguel paulista. Íamos de carroça , ou de charrete com o Sr Alcides.
Tenho
saudades dos tempos de criança, deixei lá bons amigos, Os nome que me recordo
daquela época.. Família da d. Tereza Rodrigues Família Perrotta Família Amaral
Neto Família Antonio Neto Família Borgiani Família Costa Simas Familia Percival
Pimentel Família da Cleuza cabelereira Família do Laurentino ( tininho )
Família da Luíza - mãe da Angela e da Maria Luiza Família Vassalo Vizinhos.
Lucinda, Hermínia, Urania, Almerinda, Jandira, Blandina, Amélia, Vera, Lenio,
Lenir, Ely, Elenir, Egidio, Moysés Ferreira, Nair, Sr. José, dona Conceição,
Armando, Ari, Dona Catarina, Rubinho, Sonia, e tantos outros.
È tudo que tenho
como recordação, saudades. E como relato do que vivemos na Vila Progresso.
...Meu abraço amigo aos que conviveram conosco e participamos das mesmas
conquistas.. Muito obrigada.
meu pai, José Felix
Que delícia reviver bons tempos...Saudades do lugar onde vivi quando criança, fica na memória para sempre.
ResponderExcluirShow! Adorei sua história, você lembrou de tudo com detalhes.
ResponderExcluirAss.Sandra
Muito bem contado! Parabéns. Lembro do Sr. Felix.
ResponderExcluirLinda sua historia...EU morei muitos anos na vila progresso.MEU Pai comprou uma casinha do SENHOR Salvador ,na época era uma vila de casas que depois foi comandada por Benedito Tigano .Conheci sr Manoel e Família e muitos outros que foram citados,sua historia trouxe -me saudades da minha infancia e das pessoas que hj não estão mais entre nos...Saudades da sabquina que sempre promoviam bailes onde meus irmãos se divertiam na mocidade.AMO VILA PROGRESSO hj moro vizinha da vila mas meu coração e progresso. Parabéns pelas lembranças ASS. Terezinha Magalhães
ResponderExcluirNossa!! vc me levou as lagrimas pois é tudo muito proximo de minha infancia e onde cresci, conheci muito seu pai na infancia e sua mãe dona Cristina e me lembro de vc vagamente e como se parece com sua mãe, fui varias vezes em sua casa usar o telefone e comprava coisa na cooap de seu pai como se chama o comercio da epoca assim como frangos, hj a casa de minha mãe fica em um terreno comprado de seu pai na epoca que minha mãe pagava todo mes com o dinheiro de domestica que trabalhava para dona Madalena de seu João da esquina, o predio exite até hj ou pelo menos ate a ultima vez que estive la, muito obrigado por tão bem feito relato da historia que faz parte tambem de minha historia, estudei na escola de madeira da Facheiro preto e tive uma professora que eu era encantado com ela e adoraria poder reencontra-la não sei se vc chegou a conhece-la, chamava-se Antonieta era uma negra linda fora de seu tempo muito do que sei hj devo a ela e suas reguadas em minha cabeça, kkkkkkkkkkk, obrigado, parabens, sou Walter, filho da Efigenia e do Sebastião, luz e paz sempre.
ResponderExcluirTenho orgulho de te morado da vika progresso. Meus pais se mudaram para lá em 1975. Vi a contrucaoc do colégio augusAu Breves. Tinha muitos campinhos para jogar bola com os colegas. Muitas saudades da minha adolescência neste bairro. Amigos, bailinhos que eram realizados aos finais de semana na casa do colegas da época . Minha mae ainda é moradora do bairro. Ficou muita saudade dos amigos. Tempo bom que não volta mais!!!
ResponderExcluirNasci em 1965 no Ipiranga mas morei na Rua Cecília Iter até 76, quando mudei para Guaianazes e depois em 77, vim para Uberaba/MG onde estou até hoje, mas tenho muitas saudades da minha infância nessa rua.
ResponderExcluirMeu pai nasceu na Rua Cecília Iter, ainda hj moramos aqui. Inclusive vi citado em seu texto o nome de alguns parentes e vizinhos, alguns ainda vivos e outros já falecidos. Muito legal!
ResponderExcluirInteressante saber da história do bairro, eu nasci aí no começo dos anos 70, meus pais chegaram em 1969 , me lembro que na escola Dr João Augusto breves nos anos 80 levaram um sr que era a pessoa mais velha da vila ele morava na rua Laurentino Xavier de Souza.
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